Por que não se fala sobre prevenção de incêndio?

Quando foi a primeira vez que você aprendeu a usar um extintor de incêndio? Quando aprendeu o que deveria fazer em caso de um princípio de incêndio? Quando teve as primeiras informações sobre prevenção de incêndio?  

No meu caso, eu só tive o primeiro contato com o tema em um estágio de engenharia, isso porque era um escritório especialista em prevenção de incêndio. Nesta época, já tinha uma vivência profissional, já era advogada e designer de interiores. Imagino que com você não tenha sido diferente. A maioria das pessoas só vem a ter o contato com a prevenção nos treinamentos obrigatórios do trabalho. E olhe, que a maioria nem presta atenção ao que de fato está sendo explicado.

É isso aí. Apesar de extrema importância, a prevenção de incêndio é um tema pouco abordado fora dos meios técnicos. Isso ocorre principalmente pela cultura que nós temos em não priorizar a prevenção. Joga-se para o universo, na expectativa que não ocorra. E se ocorrer, deixa para ver na hora o que dar para fazer. O que é péssimo, pois na maioria das vezes, vidas são perdidas em um caso de um sinistro.

Outro motivo porque a prevenção de incêndio não é tão divulgada é por considerarem um assunto técnico. Mas, a verdade é que é um assunto que interessa a todos e tem como ser explicado de forma simples nas escolas desde as séries iniciais até em campanhas publicitárias educativas. Facilitando com isso, o combate ao princípio de incêndio em qualquer residência.

Por fim, percebemos que o assunto só é abordado quando há uma tragédia. Espera um incêndio acontecer, na sua maioria das vezes com vítimas, para o assunto ser veiculado pela grande mídia como uma nuvem. Após poucos dias o assunto é novamente esquecido.

Muitos incêndios ocorrem em residências, onde nem sempre é fácil o acesso do corpo de bombeiros. A principal forma de evitar que esses incêndios sejam prevenidos ou mais facilmente combatidos é por meio da divulgação de informação. Por isso é tão importante que a prevenção seja priorizada.

Por Aline Soares