O comportamento humano e a prevenção de incêndio

Somos seres individuais e em uma situação de emergência, cada um tende a ter uma reação diversa. Vai ter aquele que vai conseguir seguir as recomendações, identificar a rota de fuga e conseguir sair da edificação de forma segura e rápida. Mas, também vai ter quem paralise, quem entre em pânico, e até mesmo aquele que acredite que seja apenas um alarme falso, dificultando a evacuação e o combate ao incêndio.

Alguns fatores podem interferir no comportamento das pessoas durante um princípio de incêndio. Familiaridade com a edificação, treinamento do plano de evacuação, conhecimento sobre prevenção de incêndio, vivência em outra situação de incêndio, são alguns dos fatores que interferem diretamente na reação em caso de fogo.

Sabemos que em caso de incêndio, o principal objetivo é resguardar a vida, em seguida o patrimônio. Para que isso ocorra, o tempo de resposta para a situação de emergência é essencial para salvar o maior número de pessoas. Para aumentar a confiança dos ocupantes da edificação, reduzir o pânico e o tempo de evacuação, o treinamento periódico é um item essencial.

No mundo ideal, o treinamento deveria ser feito a cada três meses. Tendo em vista que, quanto mais treinamento há, mais rápido e com mais eficiência, as pessoas realizam a evacuação. Contudo, temos consciência que a nossa realidade está muito longe disso. Normalmente, os treinamentos ocorrem uma vez por ano.

Ainda, a existência de brigada de incêndio na edificação também ajuda muito para que os ocupantes tenham tranquilidade no procedimento de saída, principalmente em edificações de atendimento ao público, onde seus ocupantes são transitórios e não tem nenhuma familiaridade com a rota de fuga do local.

Não há dúvidas que o comportamento humano vai sim influenciar no combate ao incêndio. Não temos como interferir no psicológico de cada pessoa. Mas, um bom sistema de prevenção instalado, clareza nas sinalizações, existência de brigadistas no local e treinamento periódicos pode influenciar de forma positiva em uma melhor reação do ser humano em caso de emergência.

Por Aline Soares